História da Hipnose

       História da Hipnose

O que é hipnose? 

A historia da hipnose remonta a antiguidade. Os egípcios terão já usado, aparentemente, uma forma de cura em que os sacerdotes falavam e impunham as mãos sobre os pacientes enquanto estes "dormiam" - ou pelo menos tinham os olhos fechados. Esta técnica era usada ha pelo menos 3000 anos. Nas antigas civilizações chinesa e indiana também se pensa ter existido uma forma de tratamento em que eram usados, e apenas palavras, para ajudar a curar o paciente.
   Os Gregos, por seu lado tinham aquilo a que se chama templos do sono, onde os pacientes, desesperados por uma cura, se deitavam. Acreditava-se que a cura do paciente lhe aparecia num sonho, enquanto dormia. O mais popular era o dedicado ao deus grego da cura, Asclépio, que provavelmente foi um medico que viveu por volta 1200 a. C.
    Devemos, no entanto, ter cuidado ao considerar estes templos do sono e outras praticas antigas como sendo exemplos de hipnose, tal como a compreendemos hoje. Os principais elementos - a indução deliberada de um transe e a utilização de sugestões dirigidas a mente inconsciente - não eram por certo praticados tal como os hipnotizadores modernos o fazem.

O toque real

O poder da mente e da imaginação assumiam também um papel importante num outro processo de cura do passado. Trara-se da famosa capacidade de curar pessoas simplesmente pelo poder do toque, atribuída a algumas pessoas de destaque como por exemplo, os reis. Uma destas pessoas foi o rei grego Pirro, do Epiro (318-272 a. C.)

Franz Anton Mesmer

Franz Anton Mesner nascido em 1734, próximo ao lago da Constança, junto a atual fronteira entre a Alemanha e a Suíça, era um homem um pouco estranho, excêntrico e considerado por alguns como uma fraude. Mesmer defendia, sem dúvida, algumas teorias estranhas, mas mesmo assim continua a ser visto como umas das figuras mais importantes da história do hipnotismo. Ironicamente, Mesmer parece nunca ter compreendido o verdadeiro poder da mente e teria rejeitado a forma atual de pensar sobre isso.

   No entanto, a sua fama, carisma e aparente eficácia na cura dos pacientes encorajava os pioneiros posteriores na tarefa de compreender a verdadeira natureza da Hipnose. Mesmer acreditava na existência de uma explicação física para as curas que efetuava com a ajuda de ímares e barras de ferro. Ele pensava que haveria um fluído magnético universal e que algo de semelhante existiria também dentro do nosso corpo. Mesmer acreditava que, através da manipulação deste fluído magnético, podia curar várias doenças, incluindo os distúrbios nervosos. Afirmava também ser o poderoso magnetismo animal que ele transmitia ao paciente que ajudava a influenciar este processo.
   O seu objetivo era estabelecer uma “polaridade magnética” entre o paciente e o terapeuta. O fato de Mesmer tocar os seus pacientes durante este processo e de quase todos eles serem mulheres levou a que alguns críticos desconfiassem de suas intenções. Frequentemente, os pacientes passavam também por convulsões e crises durante as sessões. É na verdade irônico que Mesmer - que é, com razão, apontado como um dos pioneiros da hipnose - acreditasse que a causa da suas curas era física e não psicológica, ou seja, que era o magnetismo que ajudava o paciente. Nos seus tratamentos ele dava pouco importância ao papel da mente ou à imaginação do paciente, pedras angulares da hipnose moderna

O pai da hipnose

Embora Mesmer seja talvez o nome mais conhecido na história da Hipnose, o título “pai da hipnose” deve ser realmente atribuído ao médico escocês James Braid (1975-1860). Braid foi tudo aquilo que Mesmer não foi; era um homem prático e perseverante, metódico na abordagem científica e pouco dado a exibições ou exageros. Uma das sua contribuições mais duradouras foi a criação da palavra Hipnose, inspirada no nome do deus grego “Hipnos”.

   Braid foi o primeiro verdadeiro Hipnotizador moderno. Não associava o fenômeno ao oculto nem acreditava que fosse causado por fluídos magnéticos ou magnetismo animal. Não recorria à imposição de mãos - passes mesméricos - levando, em vez disso, os seus pacientes a concentrarem sua atenção num objeto, geralmente o estojo do seu bisturi, e assim o induzia ao transe.

Freud e a hipnose

Sigmund Freud (1856-1939) e bem conhecido como a pessoa mais influente em toda a historia da psicologia. No inicio de sua carreira foi apaixonado pela hipnose. Na verdade, o abandono da hipnose poderá ter sido umas das principais razoes para que a sua evolução tenha estagnado em termos científicos mais de vinte anos, situação da qual ela só tem vindo a recuperar gradualmente.

   O médico austríaco começou o seu estudo da hipnose em Paris, na década de 1880, sob a tutela do afamado neurologista francês Jean-Martin Charcot. De fato, o interesse de Freud pela hipnose remontava já era de alguns anos antes, quando ele assistiu a uma exibição do conhecido hipnotizador de palco Carl Hansen, ainda enquanto estudante de medicina em Viena. Freud escreveu mais tarde aquilo que tinha visto no espetáculo: “me convenceu firmemente da genuinidade do fenômeno da hipnose”.

   Freud mais tarde abandonou o uso da hipnose, não por não acreditar e sim, acreditava que o efeito das sugestões feitas durantes as sugestões não eram duradouras. Alguns críticos de Freud afirmam que não era bom em hipnotizar e, por isso, criou sua própria técnica de associação livre.

A hipnose no seculo XX

No início do século XX, o interesse científico pela Hipnose estava em declínio devido ao novo rumo introduzido por Sigmund Freud e outros psicanalistas. A hipnose era menosprezada não só com o meio de compreensão da mente, como também método terapêutico, útil na cura de pacientes. Mais uma vez na história, a prática da hipnose era relegada para os palcos, e encantando audiências populares, enquanto os cientistas a ignoravam com desdém. Os hipnotizadores de palco reivindicavam para seus antecessores, ainda hoje, o mérito de terem mantido a hipnose viva e no domínio o público durante o final do século XX.

   Em 1923, durante a palestra no Wisconsin University, houve um estudante que ficou de tal forma impressionado pela demonstração que Clark Hull fez da hipnose que, depois da palestra foi conversar com as pessoas hipnotizadas para experimentar ele próprio a técnica. Milton Erickson (1901-1980), estava então, no caminho para se tornar o principal representante da hipnose na América.

    Erickson, que provinha de uma família pobre e teve uma saúde precária durante toda sua vida, foi um homem extraordinário e carismático que no seu trabalho deu ênfase à hipnose como instrumento terapêutico.

   Proveniente de uma família pobre de Nevada, teve de ultrapassar uma séria de batalhas pessoais ao longo do caminho para se converter no hipnotizador mais notável dos Estados Unidos. Aos 17 anos contraiu poliomelite, que reduziu muito sua capacidade de movimento, embora tenha desafiado os médicos que lhe disseram que nunca mais poderia andar. Erickson é famoso também por utilizar as metáforas para realizar hipnose.
  Milton H. Erickson, foi descrito como “um dos psicoterapeutas mais influentes de todos os tempos” em um recente levantamento feito pelo The Psychotherapy Networker (Março 2006). Em psicoterapia, Milton H. Erickson está colocado entre os 10 terapeutas mais importantes ao lado de Sigmund Freud, Carl Jung e outros.

Dave Elman

Dave Elman (1900-1967), filho de um hipnotizador de palco, que criou técnicas de indução do transe muito rápidas e eficazes, foi outro hipnotizador americano muito influente. Tal como Milton Erickson, a sua abordagem da hipnose e as suas técnicas tem muitos adeptos entre os hipnotizadores que trabalham atualmente. 

 O que é o transe hipnótico?

Então você decide ir para casa a pé. Começa a andar e andar e os pensamentos começam a vir de forma espontânea, e quando se dá conta... Está em casa! O mais engraçado é que nem se lembra do caminho. Isso já aconteceu? Tem aquela situação em que você está tomando café e olhando para a xícara... Em seguida se lembra da hora, quando olha o relógio, cinco minutos se passaram... Às vezes se senta na frente do computador para fazer um trabalho ou pesquisa, aí você fica ali, completamente concentrado e quando percebe duas horas se passaram... Já vivenciou essa experiência? Em todos esses exemplos, estávamos em transe. Todos nós sabemos entrar em transe. É algo natural e inerente à natureza humana.

Os sinais de transe

• RELAXAMENTO MUSCULAR 

• QUALIDADE DE VOZ MAIS PROFUNDA 

• MÚSCULOS FACIAIS RELAXADOS 

• RESPIRAÇÃO E PULSO MAIS LENTO 

• MUDANÇA DE ACESSO VISUAL 

• SENSAÇÃO SUBJETIVA DE CONFORTO 

• REFLEXOS MAIS LENTOS 

Existem ainda outros indicadores neurofisiológicos que podem acontecer durante o transe, dentre eles, a amnésia, anestesia, alucinação positiva, catalepsia, regressão, desorientação no tempo e muitos outros... 

O que é Rapport?

“Rapport é a capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum. É a capacidade de ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa do mundo dele. É a essência da comunicação bem-sucedida.”  (Anthony Robbins)  

O que é Pré-Talk?

Podemos definir o Pré-Talk nas palavras do Hipnólogo Samej Spenser:  

“Pré-Talk é uma conversa prévia sobre o que você fará em seguida, gerando e/ou criando expectativa no sujeito, deixando-o predisposto à seguir suas próximas instruções...”. 

Pense por um momento... 

Em uma luta entre um Jacaré e um Urso, quem você acha que vence?  

Eu diria que depende do contexto. Se for na água, provavelmente vencerá o Jacaré. Se for na terra, provavelmente vencerá o Urso. Tudo depende do contexto. 

Pré-Talk é um diálogo com a finalidade de preparar a mente do indivíduo para o que vem depois. É você colocar a outra pessoa num “estado emocional” apropriado, antes de seguir com o objetivo da comunicação. Trata-se de conduzir os pensamentos e criar um contexto mental favorável a sua mensagem. 
Em outras palavras, Pré-Talk é a ciência de INDUZIR ESTADOS EMOCIONAIS. 
Os três elementos para o Pré-Talk: 
OBJETIVO + RAPPORT + TÉCNICA ADEQUADA 

O QUE É HIPNOSE CONVERSACIONAL 

A Hipnose Conversacional consiste em utilizar em uma conversa normal, Coaching ou Terapia, as muitas técnicas Ericksonianas para promover e induzir o transe, para conduzir a pessoa a uma conexão mais profunda com a sua mente inconsciente, e para produzir novas soluções mais criativas para resolução de problemas que surgem na vida.

O que é uma indução Direta?

Baseado no princípio de que tudo o que você fala, a outra pessoa faz uma representação interna, quando você descreve para ela algo relacionado ao que vem a seguir (seu objetivo), ela vai imaginar o que você vai estar dizendo, e esse pensamento vai colocá-la num estado emocional adequado à sua mensagem posterior.

O que é uma indução Indireta?

Indução indireta é você explicar o que o interlocutor vai experimentar a seguir, só que falando indiretamente. É só citar uma outra pessoa ou situação. Contar uma história breve. 

Exemplo: 
“Meu avô sempre dizia que qualquer pessoa poderia ficar motivada... Segundo ele, bastava fazer uma pergunta: Como você estava se sentindo antes de ficar triste?” 
Antes de falarmos sobre motivação, contei uma breve história sobre meu avô, conduzindo a mente do meu amigo e criando um contexto mental apropriado.